Planejamento financeiro: Saiba como guardar dinheiro para comprar um apartamento
A compra de um imóvel é muitas vezes o momento mais importante da vida de uma pessoa. Em alguns casos é um sonho se tornando realidade. Afinal, adquirir um apartamento exige um grande esforço financeiro, com altas quantias.
Para muitas pessoas, entretanto, esse parece uma realização distante, pois ter esse montante de dinheiro para uma entrada e um financiamento parece impossível.
Pensando nisso, vamos dar algumas dicas valiosas para você se planejar financeiramente e realizar o sonho do imóvel próprio. Você verá que é possível juntar dinheiro suficiente sem precisar de grandes sacrifícios, apenas de foco e organização.
Estabeleça uma meta
Pode ser o valor da entrada ou o valor total do apartamento. O importante é estabelecer uma meta a ser atingida em determinado período.
A partir daí você pode organizar suas receitas (quanto ganha no mês) e suas despesas (quanto gasta no mês) e calcular suas sobras. Dessa sobra é que sairá quanto deverá ser guardado mensalmente para bater a meta.
A fórmula 50/30/20
Uma boa estratégia a ser adotada é seguir uma fórmula de gastos. Por exemplo a 50/30/20, onde cada número é uma porcentagem da sua renda que será destinado a gastos definidos da seguinte maneira:
- 50% para gastos fixos: água, luz, aluguel, saúde, alimentação, transporte e mensalidades;
- 30% para gastos variáveis: lazer, serviços de streaming, compras e viagens;
- 20% para prioridades financeiras: aplicações, poupança e investimentos.
Aplicando a fórmula no dia a dia
Usemos como exemplo um casal que junto tem uma renda mensal de R$ 5.000 pretenda adquirir um apartamento de R$ 300 mil dando uma entrada mínima de 20% do valor.
A meta seria guardar pelo menos R$ 60 mil para a entrada. Calculando os gastos do casal seriam os seguintes:
Gastos fixos:
- Aluguel: R$ 1.200
- Água: R$ 50
- Luz: R$ 100
- Internet: R$ 100
- Transporte: R$ 250
- Alimentação: R$ 800
Total: R$ 2.500 (50% da renda)
Depois de pagar todas as contas e guardar os R$1.000 conforme sugerido pela nossa regra (20%), ficaram com R$1.500 para as despesas variáveis, que são:
- Streaming de música e de filmes e séries: R$ 30
- Academia para o casal: R$ 280
- Lazer de fim de semana: R$ 500
- Coisas para a casa/roupas/etc: R$ 400
A soma dos possíveis gastos mencionados totaliza R$ 1.210, ou seja, ainda tem uma folga de R$300 nas despesas variáveis. É bom gerenciar essa folga porque imprevistos surgem sempre: você pode ter uma despesa extra com seu carro ou precisar comprar medicamentos, por exemplo. Essa “sobra” permite que você cuide de gastos sem ter que mexer nas suas reservas.
Guardando, então, os R$ 1.000 por mês o casal levaria 60 meses, ou 5 anos, para atingir a meta. E é aí que entra uma boa aplicação.
Aposte em investimentos de renda fixa
O ideal é investir em alguma aplicação segura de renda fixa, que lhe garanta ganhos estáveis e previsíveis. Procure uma aplicação com uma boa taxa de juros para proteger seu capital da inflação e garantir que ele cresça.
Fazendo isso, você diminuirá o tempo para atingir sua meta e terá dinheiro mais rápido para adquirir seu imóvel.
Pegue como exemplo os R$ 1.000 por mês do casal mencionado anteriormente. Esse valor aplicado em uma modalidade de renda fixa atingiria, no período de 60 meses, o valor de aproximadamente R$ 70 mil. Se a ideia é chegar na meta e retirar o valor para a compra do imóvel, o casal ganharia quase um ano de antecedência do prazo original.
Para quem não quer esperar
O valor a ser guardado pode aumentar ao longo do tempo dependendo da renda do casal nesse período. Pode ser através de um 13º salário, pagamento de férias, de participação de lucros ou até um freelancer que proporcione renda extra. Assim, é possível antecipar ainda mais a realização do sonho.
Quem possui saldo de FGTS também pode acelerar a meta ou dar uma entrada maior para diminuir o valor do financiamento.
Portanto, é possível guardar dinheiro e alcançar seus objetivos, basta haver planejamento e disciplina. Siga as nossas dicas e realize seu sonho do imóvel próprio.